Regras genericamente aceites sobre os cortes na despesa:
- Todos os portugueses são a favor de cortes na despesa
- É melhor cortes na despesa do que aumentos de impostos
Mas… e onde devem ser feitos os cortes?
- Os cortes não podem ser em bens essenciais, como educação, saúde e segurança social
- Os cortes também não podem ser na cultura, nem na segurança, nem na justiça
- As empresas de transportes são essenciais (esta eu nunca percebi…)
- Não pode haver cortes no serviço público de televisão
(Cortar na RTP levaria à degradação da programação televisiva) - Cortes nos passes de transportes, subsídio de desemprego ou complementos para idosos é prejudicar os mais fracos (aliás, é ser monstro)
- Corte-se em tudo menos nos salários das pessoas. E nas pensões. E no apoio às empresas
- A minha área específica de trabalho é absolutamente essencial – Nem pensar em cortar aí
(opinião tipicamente mais de esquerda, que geralmente vive à sombra do Orçamento) - Cortes no investimento público causam desemprego… e este já é muito alto
- Os cortes não devem ser cegos… mas os aumentos de despesa podem
- Todos os cortes devem ser precedidos de estudos infindáveis… mas os aumentos não precisam
Logo:
- Manifs contra cortes de despesa são sempre maiores que as a favor de cortes na despesa
- Na verdade, não há memória de protestos a favor de cortes na despesa…
- Ganham-se eleições a prometer aumentos de despesa – Nunca a prometer cortes
- Portugal não tem solução enquanto não se mudar esta mentalidade
Referências: João Miranda no Blasfémias, Miguel Noronha n’O Insurgente.
PS: a tesoura da imagem evoca a tesoura dos políticos: muito detalhe, pouca área de corte…
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