Shark Tank
O meu artigo de hoje no Diário Económico:
Ao ouvir esta nova proposta de “investimento”, interrogo-me o que diria Kevin O’Leary – um dos magnatas de um dos meus programas favoritos de televisão, “O Tanque dos Tubarões”. Sabendo que tempo é dinheiro, creio que a sua resposta seria algo como o que se segue: “Este plano tem 2 pontos positivos: é muito mais pequeno do que o anterior (só a Ota e o TGV custavam mais) e apenas 22% do dinheiro assassinado são da entidade que tem poder para mo tomar à força.”
As críticas dos socialistas são as do costume: os investimentos não têm por base um plano (quinquenal?) estratégico; a definição da estrutura de gestão não faz sentido; o problema é o peso dos 5 sectores no orçamento do programa; se há 59 prioridades, não há prioridades; é demasiado pouco, demasiado tarde – e é preciso mais para funcionar como a faísca para que o motor da economia arranque; é preciso mais investimento público porque o privado não existe (!).
Retomando expressões típicas do magnata: parem a loucura. Estes montes de notas são como companhias de soldados… que estão a ser enviadas para serem mortos. O objectivo de um investimento é que os soldados voltem no final da operação, e estes estão a ser dizimados. Isto não é uma batalha, é um massacre!
Se houvesse dinheiro para ser ganho, na Linha do Oeste, na Linha Aveiro-V. Formoso, no “transporte de passageiros”, nos diversos corredores, … haveria privados que investiriam nesses negócios. Não há. Basta circular em vias como a A29, visitar o Aeroporto de Beja, ou relembrar a defunta rede ferroviária Alentejana para saber que este país tem transportes a mais, financiados por impostos a mais, que provocam emprego e natalidade a menos.
O único investimento estratégico, como se pode constatar em diversos documentos estratégicos europeus, é Sines. Fundos privados e europeus para desenvolver o Porto de Sines e as ligações e plataformas de apoio, faz sentido. Este plano de investimentos do sector não competitivo, não. Sobretudo em 2014.